domingo, 31 de maio de 2015

Cientistas divulgam lista das 100 espécies mais ameaçadas de extinção

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  • Uma lista elaborada pela Sociedade de Zoologia de Londres (SZL), divulgada nesta terça-feira, apontou as 100 espécies de animais, plantas e fungos mais ameaçadas de extinção no mundo. Cinco são brasileiras: um macaco, duas borboletas, um preá e uma ave. O relatório, intitulado "Inestimável ou Inútil?" (Priceless or Worthless?, no original), pode ser conferido no website da instituição (em inglês).
    Espécies ameaçadas no Brasil
    Parides burchellanus
    Borboleta Parides burchellanus
    Borboleta Parides burchellanus(Reprodução/VEJA)
    Habitat: Cerrado brasileiro
    Quantas restam: Menos de 100
    Cavia intermedia
    Preá Cavia intermedia
    Preá Cavia intermedia(Luciano Candisani/VEJA)
    Habitat: Ilhas Moleques do Sul, Santa Catarina
    Quantos restam: 40 a 60
    MURIQUI-DO-NORTE (Brachyteles hypoxanthus)
    Muriqui-do-norte
    Muriqui-do-norte(Reprodução/VEJA)
    Habitat: Mata Atlântica da região Sudeste
    Quantos restam: Menos de 1.000
    SOLDADINHO-DO-ARARIPE (Antilophia bokermanni)
    Soldadinho-do-araripe
    Soldadinho-do-araripe(Ciro Albano/VEJA)
    Habitat: Sul do Ceará
    Quantas restam: 779
    Actinote zikani
    Borboleta Actinote zikani
    Butterflies of America/Reprodução(Butterflies of America/Reprodução/VEJA)
    Habitat: Mata Atlântica do estado de São Paulo
    Quantas restam: Número desconhecido
    "Todas as espécies listadas são únicas e insubstituíveis. Se desaparecerem, nenhum dinheiro no mundo poderá trazê-las de volta", disse uma das autoras do estudo, Ellen Butcher.
    O relatório da SZL foi lançado na ilha Jeju, na Coreia do Sul, onde 8.000 autoridades governamentais, representantes de ONGs e cientistas de 170 países se reuniram para participar do Congresso Mundial de Conservação.
    Os conservacionistas temem que algumas das espécies incluídas na lista, como o camaleão-tarzã de Madagascar (que vive na África) e a preguiça-anã de três dedos do Panamá (América Central), desapareçam por não fornecerem aos humanos benefícios evidentes.
    Brasileiros ameaçados - Entre as espécies brasileiras, a mais ameaçada é o preá Cavia intermedia, um roedor que chega a medir 25 centímetros e vive nas Ilhas Moleques do Sul, perto de Florianópolis, Santa Catarina. Hoje, restam 60 exemplares da espécie.
    Outro animal listado que vive no Brasil é o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), o maior macaco das Américas, que pode chegar a 15 quilos. A presença do muriqui está restrita a algumas faixas remanescente da Mata Atlântica nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.
    Também fazem parte da lista o soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni), um pássaro que vive no Ceará, e as borboletas Actinote zikani, que vivem em regiões de Mata Atlântica de São Paulo, e os Parides burchellanus, que vivem no cerrado.
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    Brasil

    quarta-feira, 27 de maio de 2015

    Cientistas fazem 1ª inseminação artificial para salvar espécie de tartaruga

    Do UOL, em São Paulo
    • Gerald Kuchling/Turtle Survival
      A tartaruga de casco mole (de nome oficial Apalone ferox) fêmea, no zoológico Suzhou, próximo a Xangai, na China A tartaruga de casco mole (de nome oficial Apalone ferox) fêmea, no zoológico Suzhou, próximo a Xangai, na China
    Um time internacional de veterinários, cientistas e zoólogos realizou a primeira inseminação artificial em uma tartaruga de casco mole (de nome oficial Apalone ferox), recentemente, no zoológico Suzhou, próximo a Xangai, na China.

     LEIA MAIS:

    http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2015/05/26/cientistas-fazem-nova-tentativa-de-salvar-especie-gigante-de-tartaruga.htm

    segunda-feira, 4 de maio de 2015

    MMA comemora o nascimento da centésima ararinha-azul

    ICMBIO

    Filhote Centurion nasce no Catar e aumenta as chances de o Ministério atingir a meta para reintroduzir a espécie, considerada extinta na natureza, na caatinga baiana
    Ascom/MMA com informações do ICMBIO. Edição: Sérgio Maggio
    O Ministério do Meio Ambiente (MMA) comemora o nascimento do centésimo filhote de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) em cativeiro. Centurion foi gerado na sede da organização não-governamental (ONG) Al Wabra Wildlife Preservation, no Catar. No dia 21 março, outra ave nasceu. Desta vez, em Berlim. Marcus está sob os cuidados da ONG Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP).
    Considerada extinta na natureza, desde o ano 2000, todos os indivíduos da espécie encontram-se em cativeiros localizados no Brasil, na Alemanha e no Catar, parceiros do MMA por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
    Cresce assim a possibilidade de atingir o objetivo para aumentar a população em cativeiro a fim de que seja viável fazer a reintrodução na natureza. "As restrições genéticas da espécie são um desafio. Nossos parceiros têm superado os obstáculos, o que nos faz acreditar que conseguiremos, em breve, retornar a espécie ao seu local de origem: a caatinga baiana", comemorou Camile Lugarini, veterinária do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio).
    Com o nascimento de Centurion, o décimo do ano, a meta de crescimento da população foi ultrapassada. "Para garantir um crescimento sustentável da população, é necessário um aumento de 10% ao ano no número de aves", explicou o diretor da Al Wabra, Cromwell Purchase. "Alcançamos esse número pela primeira vez, em 2015. Estamos muito animados. É um marco para o programa", apontou Purchase.
    CRONOGRAMA MANTIDO
    O nascimento da centésima ararinha-azul é mais um importante passo para a recuperação da espécie e permite que o cronograma para a reintrodução da espécie seja mantido. "As conquistas reforçam a esperança de voltar a ver as aves voando livres, novamente", declarou em nota a Al Wabra.
    Para que a soltura das aves seja bem-sucedida, ainda é necessário recuperar o habitat natural das ararinhas-azuis e fazer um trabalho de educação ambiental com a população local. "A perda de habitat e o tráfico levaram a ararinha-azul a desaparecer da natureza. Se as pessoas não caçarem, não comprarem e denunciarem o tráfico de animais silvestres, seguramente teremos um número menor de espécies em risco de extinção no Brasil", destacou Marcelo Marcelino, diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio,.
    PROJETO
    Em 2011, foi lançado o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul – PAN Ararinha-azul, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres - CEMAVE, do ICMBio. Uma das ações do PAN é o Programa de Cativeiro. Os animais são mapeados geneticamente para a formação de casais que tenham maior probabilidade de gerar filhotes saudáveis.
    Além dos criadouros (Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), na Alemanha; Al-Wabra Wildlife Preservation, no Catar; Nest e Fundação Lymington, no Brasil), que trabalham para garantir a reprodução da espécie em cativeiro, o projeto conta com a parceria da Vale e de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).

    Links:
    Saiba mais sobre a ararinha-azul
    Saiba mais sobre as ações de conservação
    Veja como foi o nascimento de Marcus