quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Brasil: 472 espécies da flora correm risco de extinção

O Ministério do Meio Ambiente publicou na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União a nova lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, elaborada pela Fundação Biodiversidade, sob encomenda do ministério.

De acordo com a Instrução Normativa n.º 6 do Ministério de Meio Ambiente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade coordenará um plano de ação de cinco anos para a retirada das espécies ameaçadas da lista.

O número de espécies ameaçadas passou de 108, em 1992, para 472, quadruplicando em um período de apenas 16 anos. Pela lista, os biomas com maior número de espécies ameaçadas são as da Mata Atlântica (276), do Cerrado (131) e da Caatinga (46). A Amazônia aparece com 24 espécies, o Pampa com 17 e o Pantanal com apenas duas.

Agência Brasil

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

472 espécies da flora brasileira estão ameaçadas de extinção

O Ministério do Meio Ambiente publicou nesta quarta-feira (24) no Diário Oficial da União (DOU) a nova lista de espécies da flora brasileira que estão ameaçadas de extinção. Desde 1992 a lista não atualizada pelo governo. Agora, 472 plantas correm risco de sumir das florestas brasileiras. No começa da década passada eram 108 espécies.

A lista foi elaborada pela Fundação Biodiversitas, a pedido do Ministério, e leva em conta todos os biomas brasileiros. As florestas com maior número de espécies ameaçadas são a Mata Atlântica (276), o Cerrado (131) e a Caatinga (46). A Amazônia aparece com 24 espécies, o Pampa com 17 e o Pantanal com duas. Nenhuma das espécies que constava da lista de 1992 foi excluída.

De acordo com a instrução normativa, publicada nesta quarta no DOU as espécies que integram a lista são consideradas prioritárias para efeito de concessão de apoio financeiro à conservação pelo governo federal e sua coleta será efetuada somente com autorização do órgão ambiental competente. O desflorestamento dessas plantas ou sua comercialização passam a ser crime contra o meio ambiente.

Constam da lista das ameaçadas 12 espécies de interesse da indústria madeireira. Elas já figuravam entre as plantas sob ameaça em 1992. A nova lista adiciona uma única espécie de interesse madeireiro, o "pau-roxo" (Peltogyne Maranhensis), da Amazônia.

Entre as outras espécies de uso econômico estão algumas de uso alimentício (caso do palmito juçara), medicinal (jaborandi), cosmético (pau-rosa) e também ornamental. O jaborandi e o pau-rosa também já constavam da lista de 1992.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o crescimento no número de espécies em relação à lista anterior reflete não apenas o aumento das atividades humanas sobre a vegetação nas últimas três décadas, mas também um melhor nível de conhecimento sobre a flora brasileira e a participação de uma parcela mais expressiva da comunidade científica no processo de elaboração da lista.

O Sudeste apresenta o maior número de espécies ameaçadas (348), seguido do Nordeste (168), do Sul (84), do Norte (46) e do Centro-Oeste (44). O estado com maior número de plantas próximas da extinção é Minas Gerais (126), seguido do Rio de Janeiro (107), da Bahia (93), do Espírito Santo (63) e de São Paulo (52).

A primeira lista das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção foi editada em 1968, com a inclusão de 13 espécies. A segunda ocorreu em 1980, com a adição de uma espécie à lista anterior. Em 1992, foi publicada uma nova lista, desta vez com 108 espécies