segunda-feira, 30 de janeiro de 2012



Lançada iniciativa global para erradicar dez doenças 

tropicais

 

Campanha reúne governos e empresas na luta contra doenças como elefantíase e o Mal de Chagas






Getty Images
Melinda e Bill Gates
Fundação Bill & Melinda Gates é um dos principais nomes na iniciativa
Uma iniciativa internacional, da qual participam entidades públicas e privadas, foi lançada nesta segunda-feira para concentrar esforços na erradicação de dez doenças tropicais que afetam aproximadamente um bilhão de pessoas em todo o mundo.
Participam da iniciativa a Fundação Bill & Melinda Gates e vários representantes da indústria farmacêutica, um segmento que se compromete a doar no futuro dezenas de milhões de doses de tratamentos para ajudar a erradicar estas enfermidades.
As doações se concentrarão em nove das Doenças Tropicais Desatendidas, que causam 90% das vítimas.
A cada ano, estas doenças matam ou afetam severamente milhões de pessoas pobres que vivem nas regiões tropicais ou subtropicais.
"Há décadas, sociedades farmacêuticas individuais investem dinheiro na pesquisa, preparam e produzem medicamentos para combater doenças e melhorar a vida dos pacientes", afirmou Eduardo Pisani, diretor-geral da Federação Internacional da Indústria de Medicamentos (FIIM).
Entre as doenças tropicais desatendidas mais graves estão a filariose linfática, também conhecida como elefantíase, e a doença do sono, transmitida pela picada mortal de uma mosca.
No total, 13 grandes laboratórios farmacêuticos se comprometeram a apoiar a iniciativa.
O Sanofi, por exemplo, promete apresentar um produto eficaz para erradicar a doença do sono em 2020, em parte com recursos da fundação de Bill Gates. O Novartis se concentrará na lepra.
O Merck se dedicará a desenvolver medicamentos para curar a esquistossomose, que causa 200 milhões de vítimas ao ano.
O laboratório Bayer se comprometeu a combater o Mal de Chagas, uma doença que afeta 10 milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente na América Latina.
A Fundação Bill & Melinda Gates doará 363 milhões de dólares ao ano durante cinco anos para ajudar nas pesquisas e na compra de medicamentos.


domingo, 15 de janeiro de 2012



Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção

O Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis divulgaram em 22 de maio de 2003, Dia Internacional da Diversidade Biológica, a nova Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. A nova "lista vermelha", com 395 animais, foi elaborada em parceria com Fundação Biodiversitas, Sociedade Brasileira de Zoologia, organizações não-governamentais Conservation Internacional e Terra Brasilis e instituições de ensino superior.

O MMA - Ministério do Meio Ambiente e o Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis divulgaram em 22 de maio de 2003, Dia Internacional da Diversidade Biológica, a nova Lista  de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. A nova "lista  vermelha", com 395   animais, foi elaborada em parceria com Fundação  Biodiversitas, Sociedade Brasileira de Zoologia, organizações  não-governamentais Conservation Internacional e Terra Brasilis e  instituições de ensino superior.
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A relação anterior é de dezembro de 1989, com  219 espécies. Ao contrário das edições anteriores, desta vez a lista terá uma característica de fomento à preservação dos habitats e das espécies que neles vivem. Seus objetivos serão: orientar programas de recuperação dos animais ameaçados; trazer propostas para a implementação de unidades de conservação; mitigar impactos ambientais; estimular programas de pesquisa; e ainda servir como referência na aplicação da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998; Decreto 3.179/1999).

De acordo com a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, a lista da  fauna ameaçada é um instrumento de conservação da biodiversidade para o governo brasileiro, onde são apontadas as espécies que, de alguma forma, têm  sua existência em risco. Para elaboração da lista, o setor acadêmico usou como base os critérios da União Internacional para a Conservação da natureza (IUCN, em inglês).

A classificação é a seguinte: Extinto,  Extinto na natureza, Em Perigo Crítico, Vulnerável, Dependente de Conservação e Baixo Risco.

A lista apresentada  não trará peixes e nem invertebrados aquáticos (caranguejos, camarões e lagostas, por exemplo). Segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério, João Paulo Capobianco, a lista dessas espécies será publicada em separado, em até três meses. "Isso ocorrerá depois que o grupo de trabalho criado pelo MMA reavaliar a lista e definir os critérios para a situação de cada espécie. Entre eles pode estar o zoneamento da pesca, a captura de acordo com o grau de ameaça nas regiões ou bacias hidrográficas do país", explicou.

Segundo levantamento da CI-Brasil - Conservation International do Brasil, a maior parte das espécies brasileiras ameaçadas de extinção, presentes da lista divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, habitam a Mata Atlântica. Do total de 265 espécies de vertebrados ameaçados, 185 ocorrem nesse bioma (69,8%), sendo 100 (37,7%) deles endêmicos, ou seja, só ocorrem ali.

Das 160 aves da relação, 118 (73,7%) ocorrem nesse bioma, sendo 49 endêmicas. Entre os anfíbios, as 16 espécies indicadas como ameaçadas são consideradas endêmicas da Mata Atlântica. Das 69 espécies de mamíferos ameaçados, 38 ocorrem nesse bioma (55%), sendo 25 endêmicas. Entre as 20 espécies de répteis, 13 ocorrem na Mata Atlântica (65%), sendo 10 endêmicas, a maioria com ocorrência restrita aos ambientes de restinga.
Redação Ambiente Brasil