domingo, 7 de junho de 2015

Ibict lança, no Dia Mundial do Meio Ambiente, livro infantil sobre espécies ameaçadas de extinção

Ibict lança, no Dia Mundial do Meio Ambiente, livro infantil  sobre espécies ameaçadas de extinção
Capa do Livro Vermelho das Crianças

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) lança o Livro Vermelho das Crianças. A obra de Otávio Maia e Tino Freitas, publicação do Canal Ciência - portal de divulgação científica do Ibict, possui a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A publicação terá sua versão eletrônica disponível gratuitamente no Portal Canal Ciência (www.canalciencia.ibict.br).
Usando linguagem simples e desenhos feitos por 76 crianças de diversas regiões do Brasil, a maioria delas participantes do Concurso de Desenhos Infantojuvenis Animais em Perigo, o Livro Vermelho das Crianças apresenta a fauna brasileira como protagonista de histórias capazes de despertar a afetividade no leitor e reforçar a relação de equilíbrio entre a fauna e o meio ambiente. Para o jornalista André Trigueiro, que resenhou a obra, “os autores são movidos pelo mais nobre dos esforços na área da comunicação: levar às crianças a informação capaz de inspirar uma nova atitude em favor da vida”.
Segundo a diretora do Ibict, Cecília Leite, o Livro Vermelho das Crianças é valioso parceiro da divulgação científica, pois oferece informação e conhecimento capazes de influenciar o leitor sobre questões de relevante interesse da sociedade. “Provavelmente, seja a primeira publicação decorrente da nova lista de espécies ameaçadas de extinção divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, no final de 2014. Mais uma vez, o Ibict se compromete em ser vanguarda na produção, socialização e integração do conhecimento científico e tecnológico no país”.
Os leitores vão se divertir com histórias de 50 bichos ameaçados de extinção no Brasil. Tem o bate-papo entre Messi e Neymar no ninho da ararajuba, as reflexões filosóficas da aranha-chicote, do peixe-boi-da-amazônia e do cágado Mesoclemmys, o discurso preocupado do rato Juscelinomys, a indignação de Justino, o tubarão-baleia, e os planos de Clodoaldo, a perereca-pintada, para conquistar uma namorada. O leitor também vai se solidarizar com o tamanduá-bandeira vítima de bullying por ser banguelo, entender por que o tatu-canastra é considerado o grande engenheiro da mata e os araçaris e sauins-de-coleira importantes dispersores de sementes. E, claro, não podia faltar a esperança das ararinhas-azuis de que o céu da Caatinga volte a ficar ainda mais azulado com o voo delas.
Com o objetivo de familiarizar as crianças com a temática que envolve a proteção da fauna brasileira ameaçada de extinção e popularizar a ciência como ferramenta para a conservação da natureza, a publicação traz ainda curiosidades, citações de obras dos autores Guimarães Rosa, Helmunt Sick, João Simões Lopes Neto, Marcelo Carneiro da Cunha, Manoel de Barros, Monteiro Lobato, Orlando e Cláudio Villas Bôas e Patativa do Assaré, e desenho feito por um dos filhos de Charles Darwin, provavelmente Francis, no verso de uma das folhas do manuscrito original A origem das espécies (1859).
Para Otávio Maia, autor e coordenador editorial, “produzir o livro foi tão desafiador e exaustivo quanto escrever ou adequar os textos lúdicos à luz da zoologia, da biologia da conservação e da divulgação científica". Otávio destacou o papel motivador do concurso de desenhos promovido pelo Canal Ciência em 2014, que mobilizou professores, estudantes e escolas – algumas delas ligadas à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) – e revelou talentos promissores, como Pedro, 10 anos, de Niterói, autor de cinco ilustrações. “Estou muito contente com o resultado. O livro é ousado, colorido. Nele, há ciência com a alegria sem perder a precisão”, disse Otávio. Tino Freitas observou que um dos cuidados na concepção do livro foi escrever histórias com um tanto de humor e afeto: “assim, aproximamos os jovens leitores das espécies citadas, semeando conhecimento e aguçando a curiosidade, reforçando o instinto de preservação da fauna brasileira sem apelar para o óbvio, que seria dizer que por culpa nossa chegamos a essa situação extrema. Quem sabe, mudando o discurso, mudamos as atitudes.”

Núcleo de Comunicação Social do IBICT
03/06/2015

Data da Notícia: 03/06/2015 15:55

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