quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Baleia que estava encalhada em Búzios morre

Publicada em 27/10/2010 às 05h44m
Flavia LimaRIO - A baleia jubarte de 12 metros que estava encalhada na Praia de Geribá, em Búzios, morreu no início da madrugada desta quarta-feira. O mamífero estava encalhado desde a tarde de segunda-feira.
As tentativas de resgate foram muitas: na terça-feira, um rebocador cedido pela Petrobras não conseguiu retirar o mamífero. Uma nova tentativa de salvar a baleia seria realizada ainda nesta madrugada.
Segundo levantamento do Instituto Baleia Jubarte, o mamífero de Búzios é o 90º a encalhar este ano na costa brasileira. Nesta temporada reprodutiva das baleias, o instituto registrou recorde de encalhes da espécie no país. No ano passado foram 30 ocorrências e, em 2007, ano considerado recorde até então, foram 43 casos. A Bahia foi o estado que teve mais encalhes este ano, com 33 casos, seguida do Espírito Santo (30), São Paulo (sete) e Rio (sete). Em todo o país, foram 24 baleias adultas, 20 jovens, 37 filhotes e nove de idade indeterminada. O instituto esclareceu que podem haver mais encalhes que não foram registrados.
Há dois meses institutos como o Baleia Jubarte, na Bahia, e o Baleia Franca, em Santa Catarina, iniciaram uma investigação sobre o aumento do número de encalhes. Segundo o coordenador de pesquisas do Baleia Jubarte, Milton Marcondes, a maioria dos encalhes acontece com baleias que morrem no mar e são levadas pelas correntes e a maré até as praias. No caso de encalhes de animais vivos, segundo ele, é preciso ter muita agilidade para fazer o resgate.
- A baleia jubarte é um animal grande, que chega a medir 16 metros e a pesar cerca de 40 toneladas. É preciso correr contra o tempo e contra alguns fatores que trazem complicações ao animal encalhado. Por ter grandes dimensões, é difícil mover a baleia, que sofre ainda com as altas temperaturas, que podem desidratá-la e provocar queimaduras - explicou.
Outro agravante é o excesso de peso, que faz com que os órgãos sejam comprimidos, o que prejudica os sistemas circulatório e respiratório.
Para Marcondes, o aumento da população de jubartes, em torno de 7% a 10% ao ano, pode explicar a onda de encalhes. Mas ele não descarta outros fatores, como ferimentos por redes de pesca, doenças, desnutrição ou mudanças climáticas.

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